29 de abril de 2011

Eu ADOTEI


Amor à Primeira Vista
Depoimento da Patricia:

Vi a Samy pela 1ª vez em foto, no álbum da Marinalva, que tem um abrigo de cães em Itaquaquecetuba. Achei uma graça, pois ela tem um corpinho de dasch, meio compridinho e as patinhas são parecidas também. Fomos ao abrigo com a intenção de adotar uma cachorra.
Quando chegamos, a Samy veio nos recepcionar e deu a patinha para nós...pronto! Era ela! E ela nos escolheu! Foi lindo d+! Confesso que no início tive medo, pois criar um cão é uma grande responsabilidade e era a minha mãe quem cuidava da Liz, a minha dasch de 13 anos.
Pensei que não fosse dar conta. Mas o tempo foi passando, a Samy se adaptou super bem ao aptº e hoje somos inseparáveis. Penso que foi a melhor decisão que tivemos, eu e o Américo, meu marido.
A Samy foi adotada em um momento muito difícil da minha vida, um momento de auto conhecimento e reflexões. Chegou para trazer muita alegria, amor e iluminar o nosso lar. Considero a Samantha como um presente de Deus. Não a vejo como minha cachorra e sim como minha filha, meu bebê. Algumas pessoas podem considerar um exagero, mas para mim, o amor é realmente incondicional.
Ter um cachorro em casa, é uma benção.
O Américo costuma dizer que cães são nossos anjos da guarda e eu concordo totalmente. A Samy chegou em um momento em que foi muito bem vinda, pois sentíamos muito a falta de ter um bichinho. Hoje ela tem a caminha dela, tem o sofá e a minha cama...hehehehe...já virou dona da casa. Amoooooooo d+!!!!
E realmente adotar é tudo de bom!!! É uma caridade que traz mais benefícios a quem faz do que a quem recebe...se pudesse adotava muitos outros cães!!! hehehe

Clique nas fotos para visualizar tamanho original

Antes de ser adotada - a foto que me conquistou

Agora, em casa, como "a líder" hehehehe

Com o papai, Américo...


Beijando a patinha da minha bebê...


Com a mamãe Paty...


 Abraços
Patricia Sampaio


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Hebe em : Eu Morri Feliz


     Envelheci e as esperanças de ser feliz iam diminuindo, meu corpinho já não aguentava mais aquela corrente pesada em meu pescoço, minhas perninhas doíam tanto que com o tempo eu não conseguia mais movimentar e elas foram atrofiando.
    
      Não entendia porque minha família me acorrentou no canto do quintal, ainda mais eu, que mal andava, já não mais latia, não incomodava ninguém e não ocupava quase nenhum espaço, eu queria muito saber por quê fizeram isso comigo ? e mesmo assim eu gostava daquelas pessoas, eu abanava meu rabinho quando alguém jogava algumas migalhas para eu comer ou quando alguém passava por perto, eu queria um carinho, uma atenção, até uma bronca eu queria, pelo menos alguém olharia pra mim naquele cantinho, mesmo assim eu amava aquela família que tanto me maltratava.
    
     Quantos dias e quantas noites passei frio, fome e sede, meu corpinho caquético parecia que iria quebrar de tão frágil, minha sorte eram meus pêlos grandes, sujos e emaranhados que me aqueciam nas noites frias.
Eu por noites sozinhas pensava, "Onde está Deus ? Ele não me ama, o que fiz para merecer essa vida sofrida e solitária?"...

     Até que um dia recebemos umas visitas muito estranha, em Novembro de 2010, junto havia uma mulher (*Renata G. M. Perita Criminal), ela falava com voz firme e decidida ao telefone, e  me olhava naquele cantinho.
     Logo chegaram umas pessoas e me tiraram da corrente e me carregaram no colo até um carro grande e com pessoas estranhas, achei que seria meu fim, minha família nada fez, ninguém tentou impedir aquelas pessoas de me levarem embora, ninguém se despediu de mim, mesmo depois de tantos anos vivendo comigo, como não me amavam ? eu já estava banguelinha, surda e quase sem andar, sem poder me defender daquelas pessoas e nada fizeram, nenhuma despedida da minha família eu tive.
     Cheguei a um lugar muito estranho, cheio de grades e cães presos, eles latiam curiosos com minha chegada, achei que ali era o final de tudo.

     Fui recebida muito bem por umas moças, boazinhas e simpáticas, cortaram todo aqueles meus pêlos sujos, me deram um banho bem quentinho e uma comidinha muito gostosa, nunca tinha comido algo tão bom... nossa, quanto carinho recebi, tive um dia de princesa, não sei porquê, mas mudaram meu nome, ali me chamavam de Hebe, e eu gostei muito.
    
     Conheci uma amiga muito especial, chamavam ela de Matuza, ficávamos dentro de uma gaiolona, pelo menos eu me livrei daquela corrente, tinha água e comida gostosa à vontade, se demos muito bem, eu adorava minha nova amiga, eu lambia ela o dia todo pra demonstrar meu afeto e carinho... minha amiga era velhinha também, e tinha uma doença sem cura, e sua família também não à amava e ela foi abandonada naquele lugar.
    Ali passamos o Natal e Ano Novo, sozinhas.
    Um dia minha amiga não acordou bem, as pessoas davam remédios, mas ela não melhorava, não queria comer e sentia dores.
    Aquela noite foi muito triste, antes das pessoas irem embora, coloram bastante roupinhas e jornal para nos esquentar, mas durante a madrugada minha amiguinha se foi, estávamos sozinhas e nada pude fazer, ficamos ali até o amanhecer, até as pessoas chegarem e colorem minha amiga em um saco plástico branco.

    Me desesperei, porque eu também era velhinha e tinha a mesma doença nas tetinhas, e não tinha mais minha amiguinha para me fazer companhia.
    Fui enfraquecendo e perdendo a vontade de viver, não queria mais comer, eu tentava lutar, mas meu corpo já estava enfraquecido e não tinha muito espaço naquela gaiola pra eu andar e exercitar minhas pernas tão fracas.
    Eu estava tão fraquinha, tomei injeções e remédios e colocaram minha gaiola na sala onde ficava meus médicos, adorei lá, tinha gente o dia todo perto de mim, e era mais quentinho durante à noite.
    Até que um dia me tiraram daquela gaiola e me colocaram em um carro, dia 7 de Janeiro 2011, começava a mudança tudo de novo, mas eu não tinha nada à perder, não tinha família, não tinha mais minha amiga, só tinha medo de não ter os mesmos cuidados que eu recebia das pessoas e dos médicos.
    Pela primeira vez depois de mais de 15 anos eu iria ter uma mãe, e eu estava ansiosa para chegar e conhecer minha nova família, vim dormindo no carro.

      E la fui eu pra minha nova casa, fui recebida aos latidos e focinhos me cheirando, ganhei uma nova caminha, uma roupinha bem quentinha, cheguei e dormi muito, meu corpinho ainda estava fraco e cansado, mal conseguia me sustentar, eu caía até dentro da vasilha quando eu ia beber água, mas minha mãe me ajudava.
     Eu tinha uns dentinhos podres praticamente soltos que ficavam para fora da boca, que me impediam de comer direito e me deixava muito fedidinha, muito mesmo... mas com paciência minha mãe arrancou e cuidou direitinho, uma vez por semana eu tomava banho e ela sempre colocava um lacinho diferente em mim, eu ficava linda e cheirosa.
     Ganhei uma avó e um avô que me amavam também e mais 5 irmãos peludos, eu sempre que podia estava deitada com eles, eles me aqueciam... minha avó trocava minhas fraldinhas e me dava comida também.
    Os dias passaram e eu melhorava, comia bastante, mas o que eu gostava mesmo era de mortadela, salsicha e o leitinho quente, as vezes eu levantava de madrugada pra tomar meu leitinho,  e minha mãe esquentava pra mim.
     Eu andava muito, tinha bastante espaço para eu me exercitar, eu adorava andar, como era gostoso, eu não queria nem lembrar mais do cantinho do muro e da corrente, ou mesmo das gaiolas, eu queria era andar até de madrugada, comecei a subir e descer escadas, me sentir livre me fez muito bem, estava na minha carinha a mudança e a felicidade.
   
     Alguns meses se passaram e mesmo que meu corpinho estava forte, meu coração já estava chegando ao final;

     Dia 19 de Abril almocei bem, mas durante à tarde qualquer movimento que eu fazia, meu coraçãozinho desparava e eu cansava muito, não deu vontade de comer nada, minha mãe me deu de tudo, eu queria comer, mas a canseira era maior, e aos pouquinhos ela me deu comida na boca, e eu aquela noite dormi pertinho da cama dela.
    Acordei ainda cansada, fui dormir na cozinha com meu irmão, eu adorava dormir na companhia dele.
    De manhã minha mãe quis dar meu leitinho, mas eu não aguentava mais o cansaço e a falta de ar que doía meu peito, não quis almoçar também, vi que já estava chegando minha hora, tentei andar mais caí na sala, minha mãe me colocou na minha caminha, eu sentia a mão dela me abraçando, e eu à vi chorar e rezar por mim pedindo à Deus que eu descansasse em paz.
     Naquela hora eu conheci Deus e vi que ele me deu os últimos meses mais felizes da minha vida, com uma família que me amava, um final digno como qualquer cão deveria ter.
    
     Alí nas mãos da minha mãe eu morri, dia 20 de Abril 2011, protegida, sentindo o amor, o carinho e Deus me guiando para vida eterna.

     Aqui no meu novo mundo, o amor verdadeiro de um Ser Humano por um Animal, é a união da alma, uma força que nos une além do espírito, e é assim que vou esperar minha mãe até o dia do nosso reencontro.
                                
                                                              Lambeijos
                                                                 Hebe
 


Texto por Keké Flores
 
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2 comentários:

  1. Adorei, Keké...espero que inspire outros futuros papais e mamães...vale a pena! Amar incondicionalmente é uma dádiva de Deus!

    Bjs

    Paty Sampaio

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  2. neusa staut morassi31 de maio de 2011 às 23:31

    Ah.Keké! Estou chorando...emoção, tristeza e ao mesmo tempo alegria por ela ter sido finalmente feliz! A Hebe está agora no Vale dos Seres de Lúz, junto da minha Kika que também se foi...
    Descansem em paz!

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